Novamente Silas

Complementando o post que fiz hoje pela manhã, trago agora a dica de leitura de uma entrevista que o técnico Silas concedeu ao blog do jornalista paulistano Cosme Rímoli. Fiquei sabendo da entrevista atrevés de dois blogs que estão ali na coluna da direita, o De Virada e o Blog da Família Goulart.

A entrevista na íntegra vocês podem ler no blog do Rímole, clicando aqui. Vou apenas destacar alguns trechos que vão de encontro com meu comentário de hoje cedo. Com vocês, Silas, o técnico do Avaí Futebol Clube:

"É uma profissão dura demais. Solitária. Você tem de liderar 40 pessoas de personalidade diferentes. Unir todas na direção de um objetivo. Sofrer pressão, críticas destrutivas de quem não acompanha o dia-a-dia e nem imagina o que acontece. (...) Sei que tudo isso faz parte do pacote, não é fácil. Mas eu enfrento porque acredito no meu trabalho, no projeto que traço."

"Depois de uma grande conquista, a tendência humana é relaxar. Você pode cobrar, explicar, insistir, trocar jogador. É uma coisa que paira no ar. E só aos poucos vai embora. O time foi mal no primeiro turno, estava melhorando no segundo, estamos em terceiro, mas veio essa chacoalhada do Chapecoense. Vamos reagir. É um momento difícil, mas eu tenho de ser forte. Acreditar no meu projeto. Seria fácil virar as costas e sair por cima, como alguns amigos meus sugeriram, mas o que é sair por cima? Abandonar um projeto? Eu não vou ser esse tipo de técnico. Vou ficar. E fazer esse time voltar a jogar o que pode."

"Sou uma pessoa leal. Tenho meu contrato, a diretoria do Avaí fez um projeto. (...) Atletas não trocaram de clubes para continuar comigo. O time vai crescer no Catarinense, vai brigar pela ponta. Como é que eu vou abandonar tudo na primeira dificuldade? Segui a minha consciência e meu plano de trabalho. Vou ficar no Avaí e ter a satisfação de manter o time na Série A do Brasileiro. A permanência será importantíssima para que em dois ou três anos o clube se torne uma força nacional. Não me arrependo de te dito não a outros clubes. Meu momento é aqui no Avaí."

"O Avaí tem uma história importante e merece ser reconhecido como um grande clube brasileiro. E ser o time do Guga é um privilégio."

"Vou cumprir o meu contrato. E trabalhar muito pelo Avaí. Não quero me desviar do projeto que traçamos aqui. Podemos estar em um momento difícil. Mas tabém sei que vamos passar por ele. O Avaí está crescendo como clube, seguindo um projeto ousado que vai mudar sua história. E eu estou criando casca como técnico. Tenho muito o que crescer. Mas com calma, planejamento. "