quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Show de maldades, nossos atletas estão ligados

Na tarde de ontem o técnico Silas realizou um treino secreto e, como é de costume, logo após a imprensa pode entrevistar alguns jogadores. Os falantes da vez foram o meia atacante Muriqui e o zagueiro artilheiro Émerson.

É claro que não estava lá, mas acompanhei a reprodução das entrevistas pelo programa Tvcom Esportes. Não costumo assisitr a esse programa, mas ontem os horários coincidiram e foi possível.

Pois bem, as entrevistas começaram com Muriqui e quase desliguei a TV ao escutar a primeira pergunta. Não identifiquei o repórter que a fez, acho que era de outra emissora, mas a pergunta foi a seguinte: "Muriqui, com essa fase boa do Avaí vocês estão recebendo muitas propostas, inclusive da Europa. Como é para você, o destaque do time, receber tantas propostas e viver esse bom momento? "

Pegadinha pura do repórter, mas nosso atleta estava ligado e a resposta veio da seguinte forma: "Eu não recebi nenhuma proposta. Estava no Rio de Janeiro com minha família e quando cheguei fiquei surpreso. Todo mundo falando de propostas, os jornais dizendo isso também, praticamente garantindo a minha saída. Particularmente não recebi nenhuma proposta e o meu objetivo é seguir o projeto com o Avaí e ficar até o final do ano."

Aí a entrevista seguiu, as demais perguntas foram amenas e Muriqui deu lugar ao Émerson. Nosso zagueiro começou a atender aos repórteres e também quase foi vítima de uma pegadinha maldosa.

Como antes, não identifiquei o profissional da imprensa e nem sei se foi o mesmo, mas a intensão do cidadão era colocar Émerson em uma saia justa e criar polêmica entre os jogadores e a diretoria. A pergunta foi a seguinte: "O ingresso mais barato nos jogos do Avaí era R$50, a diretoria baixou para R$30 no jogo contra o Náutico. A informação passada é que foi um pedido dos jogadores. É verdade isso, você sabe de alguma coisa ou não partiu de vocês essa ideia?"

Émersom respondeu tranquilamente garantindo que partiu dos jogadores a ideia e ainda aproveitou para ressaltar a importância da torcida nos jogos da Ressacada. Mostrou que estava ligado e não foi na onda dos caras.

Infelizmente essa é a rotina dos nossos jogadores. Dos nossos e de todos os outros, afinal, no Brasil a imprensa esportiva esquece de fazer o simples (informar a comunidade) e prefere criar polêmicas e intrigas.

2 comentários:

Não tenho Blog, mas é do Avaí. disse...

Po Guto, nào achei que as perguntas foram assim maldosas. Essas duvidas já estavam no ar, plantadas aí sim, de maneira maldosa, mas o jornalismo hoje em dia é isso aí. Acho que as perguntas foram boas inclusive para que os próprios jogadores pudessem acalmar os ânimos dos torcedores mais preocupados!
Abraço

GutoAtherino disse...

Bom, vejo com grande preocupação esse tipo de pergunta que pinta todo um cenário para depois condicionar a resposta do entrevistado.

Sei que não são todos os repórteres, mas, infelizmente, a grande maioria que se sobressai pratica esse tipo de jornalismo.

No caso do Muriqui, vejo que não foi pior pq ele estava ligado. Se estivesse pensando individualmente (e não no grupo) poderia entrar na onda da pergunta e se gabar das propostas. Poderia dizer que é normal tanto assédio e até que se pintasse uma boa proposta poderia sim sair. Seriam respostas óbivias e, aposto, era isso que o repórter queria ouvir.

Imagina a confusão que isso geraria no grupo e a enxurrada de matérias que seriam veiculadas na imprensa ao longo da semana.

De repente estou exagerando, não sei, mas ainda acho que só não foi pior pq nossos jogadores estavam ligados.

Mesmo assim, valeu pela troca de ideias e fique a vontade para discordar outras vezes!

Abraço,
Guto